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Cientistas analisaram 20 meteoritos marcianos para entender por que o planeta não abriga rios e canais como no passado — e perceberam que o tamanho do astro é um empecilho.
A pesquisa contou com a participação de especialistas da Washington University em St. Louis, nos Estados Unidos. A equipe publicou seus achados na segunda-feira (20), na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. O resultado se baseou em uma análise de isótopos estáveis do elemento químico potássio, que é um marcador para compostos como a água.
O potássio foi analisado em 20 meteoritos de Marte, com datas que variam entre centenas de milhões de anos e 4 bilhões de anos. O elemento pode indicar a presença de água líquida, pois é volátil de modo mediano, enquanto que a água evapora bem mais facilmente.
Com isso, foi possível notar que o planeta vermelho perdeu mais elementos voláteis do que a Terra em sua formação. Por outro lado, Marte reteve mais dessas substâncias voláteis do que a Lua e o asteroide 4-Vesta, que são muito menores e mais secos do que o nosso planeta.
Ainda assim, para que tivesse água atualmente, a massa marciana deveria ser maior. “É provável que haja um limite nas exigências de tamanho dos planetas rochosos para reter água suficiente para permitir a habitabilidade e placas tectônicas”, conta Kun Wang, que colaborou com o estudo, em comunicado.
Vale lembrar que o fato de um planeta estar muito perto de sua estrela também pode afetar a quantidade de água que ele pode ter. Quando ele está em uma distância ideal para água líquida e com outros fatores essenciais à vida, astrônomos dizem que ele está em uma zona habitável. Mas o tamanho dos planetas que estão dentro dessa zona deveria ser mais enfatizado, segundo a pesquisa.
“O tamanho de um exoplaneta é um dos parâmetros mais fáceis de determinar”, conta Wang. “Com base no tamanho e na massa, agora sabemos se um exoplaneta é um candidato à vida, porque um fator determinante para a retenção de subtâncias voláteis é o tamanho”.
Fonte Galileu