Casos de câncer de mama disparam no mundo

Em um mundo onde a saúde se torna cada vez mais uma pauta global urgente, o câncer de mama desponta como o vilão número um, superando até mesmo o câncer de pulmão. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o objetivo é ambicioso: reduzir a mortalidade global em 2,5% anualmente até 2040, o que significaria salvar aproximadamente 2,5 milhões de vidas. No entanto, esse caminho rumo à diminuição da mortalidade esbarra em numerosos desafios.

Um recente estudo publicado na revista The Lancet aponta para a desinformação e o estigma social como grandes empecilhos para o diagnóstico e tratamento adequados do câncer de mama. A desigualdade no acesso aos tratamentos, que varia amplamente dependendo de fatores geográficos e socioeconômicos, também foi destacada como um grande obstáculo a ser superado.

Quais são os principais desafios no combate ao câncer de mama?

O oncologista brasileiro Carlos Barrios, integrante da pesquisa publicada, destaca a falta de conhecimento sobre a doença em estágio avançado como uma das principais barreiras. Muitas pessoas não sabem que, com as tecnologias atuais, é possível viver mais de uma década após um diagnóstico de metástase. Essa falta de informação compromete não apenas a atuação dos profissionais de saúde, mas também a postura das pacientes, que muitas vezes adiam a busca por ajuda médica.

Por que o acesso desigual ao tratamento é um problema?

Os especialistas alertam para as disparidades entre países ricos e de baixa renda no que tange ao acesso a diagnósticos e tratamentos. No Brasil, por exemplo, o SUS enfrenta dificuldades em oferecer os tratamentos mais avançados disponíveis globalmente. Esse acesso limitado se reflete no tempo de espera pelo início dos tratamentos, um período crítico para o sucesso da terapêutica.

Como a sociedade pode contribuir para transformar esse cenário?

Informação: Divulgar dados corretos e pertinentes sobre a doença, suas fases e tratamentos disponíveis é fundamental.
Inclusão Social: Projetos que visam melhorar a jornada de pacientes, reconhecendo as dificuldades não apenas físicas, mas também psicossociais, são cruciais.

Estilo de Vida Saudável: Campanhas de conscientização sobre hábitos saudáveis podem impactar diretamente na prevenção da doença.
A oncologista Maria Cristina Figueroa ressalta que, com as medidas corretas, inclusive mudanças no estilo de vida, a pessoa diagnosticada com metástase pode ter uma qualidade de vida similar à de indivíduos com doenças crônicas. Esse é um dos pilares do projeto Nós por Elas, que busca amparar mulheres enfrentando o diagnóstico de câncer.

A luta contra o câncer de mama é complexa e requer uma abordagem multifacetada, envolvendo desde avanços tecnológicos até mudanças culturais e sociais. O relatório da Lancet destaca ainda a necessidade de novas métricas para avaliar o sofrimento oculto das pacientes, considerando os desafios psicossociais enfrentados.

Nesse panorama, alguma esperança permanece: a incidência da doença poderia ser mitigada por um estilo de vida mais saudável. Educar e informar, portanto, aparecem como escudos potentes nesta batalha contínua pela vida.

 

 

Fonte: O Antagonista

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