O balanço fiscal do governo federal referente ao mês de julho foi divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira, revelando um déficit de R$ 35,9 bilhões. Este resultado posiciona-se como o segundo pior da série histórica do governo, datada desde 1997. Segundo o jornal O Globo, o desempenho do último mês supera somente o desempenho de julho de 2020, quando o déficit alcançou R$ 109,6 bilhões, devido a despesas associadas à crise da Covid-19. No mesmo período do ano anterior, as contas do governo haviam apresentado um superávit de R$ 19,7 bilhões.
O déficit surge quando a arrecadação tributária não consegue cobrir as despesas governamentais, excluindo os juros da dívida pública. A discrepância nas finanças públicas no mês passado foi ocasionada por uma diminuição real de 5,3% (totalizando R$ 8,9 bilhões) na receita do governo federal e um crescimento real de 31,3% (equivalente a R$ 46,8 bilhões) nos gastos totais.
Nos sete primeiros meses, o governo acumulou um déficit primário de R$ 78,24 bilhões. No mesmo período do ano anterior, foi alcançado um superávit de R$ 78,79 bilhões. Para o exercício de 2023, o governo tem a autorização, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), para registrar um déficit primário de até R$ 231,5 bilhões. No entanto, o governo projeta encerrar o ano com um valor próximo a R$ 100 bilhões.
Fonte: Brasil247
