Imaculada traz terror sangrento em convento e brilho de Sydney Sweeney

Sydney Sweeney encarou o desafio de protagonizar o filme de terror Imaculada, pouco tempo depois de estrelar Todos Menos Você, uma comédia romântica. Ao lado de Álvaro Morte, ela brilha na produção e entrega uma atuação daquelas. Já o longa, busca o terror, aposta em jumpscares — termo em inglês para a sensação do “susto repentino”, e entrega tensão durante 1h30.

A trama apresenta Irmã Cecilia (Sydney Sweeney), uma mulher de fé devota, que deixa os Estados Unidos para viver em um convento na Itália. Ela viaja à Europa a convite do Padre Tedeschi (Álvaro Morte). Lá, Cecilia percebe que sua nova casa guarda segredos obscuros e horríveis.

O filme resgata a temática religiosa dentro do gênero terror, sucesso em produções nos anos 1980 e 1990, com críticas aos dogmas da igreja católica, que determinam o papel da mulher na sociedade. Além disso, o roteiro de Andrew Lobel passeia, sem aprofundar, por questões de relacionamentos abusivos.

Olhar para as questões femininas no longa pode ter um dedo de Sydney Sweeney. A atriz fez teste para o papel há 10 anos, mas não recebeu respostas. Um tempo depois, descobriu que o filme não havia sido feito e assumiu a produção da obra. A direção ficou por conta de Michael Mohan.

Aos 26 anos, Sweeney brilha nas funções de produtora e protagonista e entrega tudo o que é necessário para um filme de terror. A atriz traz tensão, expressões e uma transformação de personalidade incríveis. Esse último ponto marca, não só a virada da personagem, mas também do filme e o início do ato final. A bondade e a calma da freira dão lugar às atitudes sanguinárias e vingativas.

Álvaro Morte, o eterno Professor de La Casa de Papel, completa a dupla estelar daquele jeito que a gente conhece: calmo, mirabolante e calculista. Ele é um dos responsáveis pelo plot twist do filme e vai crescendo com o passar do tempo. O restante do elenco ajuda a criar um enredo para os principais.

Imaculada não deixa a desejar quando o assunto é ambientação e trilha sonora. É tudo feito de maneira ímpar e dão todo o clima que um filme precisa para se encaixar no gênero terror. O combo te coloca dentro do filme e te deixa tenso para saber os próximos passos de cada personagem. Aliados ao jogo de câmeras, tudo fica muito agradável e muito assustador.

O longa tem falhas e alguns problemas de continuidade. O fator gerador para toda a tensão acontece de forma velada e os espectadores entendem os acontecimentos junto com a Irmã Cecília. Ela engravida por um “milagre”, e é tratada como a enviada de Deus. Sem spoilers, você vai descobrir junto com Sydney Sweeney o que se passou.

O filme aposta em cenas com jumpscares. Uns takes ajudam a destacar todo o ambiente do convento italiano, mas outros vêm de graça e sem qualquer explicação. Apesar de uma previsibilidade, o longa traz inovações e chega a surpreender em certo momentos.

O que fica de mais positivo é a atuação de Sydney Sweeney. As cenas finais são assustadoras, principalmente por conta da entrega da artista, e prometem marcar o telespectador.

 

 

Fonte: Metrópoles 

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