Preso líder do PCC acusado de tentar matar senador paraguaio

Agentes das polícias Federal, Civil e Militar prenderam na terça-feira, 2, Elton Ramos da Silva, o Índio, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) no Distrito Federal. Ele é acusado, entre outros crimes, de tentar matar um senador paraguaio em 2010.

O mandado de prisão foi cumprido na cidade de Diadema, na região metropolitana de São Paulo.

Foragido desde 2023, Elton tinha um mandado de prisão preventiva em aberto expedido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

A ação foi conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (Ficco-DF), que é composta pela Polícia Federal, Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), Polícia Penal do Distrito Federal, Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Além da prisão, os policiais efetuaram a apreensão de espingardas, pistolas, munições, explosivos, equipamentos de tecnologia e de circuito fechado, celulares, documentos de veículos e do estatuto do PCC.

Ataque a senador paraguaio

Líder do PCC no Distrito Federal, Elton Ramos da Silva é suspeito de participar de um atentado contra o ex-senador paraguaio Robert Acevedo, na cidade de Pedro Juan Caballero, em 2010.

Na ocasião, ele e outros integrantes da facção criminosa dispararam pelo menos 30 tiros contra o veículo que conduzia Acevedo. Enquanto o ex-senador foi atingido no braço e de raspão na cabeça, um motorista e um guarda-costas morreram na hora.

Elton Ramos chegou a ser preso por envolvimento no atentado, mas foi resgatado por comparsas que invadiram a penitenciária de Pedro Juan Caballero, em 2011.

Tudo dominado (por PCC e CV)

Um levantamento realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública apontou a existência de 70 facções criminosas no sistema carcerário brasileiro. As principais —Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV)— atuam em 24 estados e no Distrito Federal.

Em 2023, o CV estava presente em presídios de 21 estados, seis a mais do que em 2022. Já o PCC estava em 23 estados, dois a mais do que no ano anterior.

Com dados da Rede Nacional de Inteligência Penitenciária, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) mapeou o poder das facções criminosas, identificando 21 delas como de alto impacto. Esse cálculo considera fatores como a atuação de advogados, a força financeira, a estrutura hierárquica, a quantidade de aliados e inimigos dentro do sistema prisional.

 

Fonte: O Antagonista

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