Sistema de saúde em Gaza entra em colapso devido a bombardeios

As autoridades médicas da Faixa de Gaza denunciaram nesta quarta-feira (25) o colapso total do sistema de saúde no território após 19 dias de bombardeios israelenses, que causaram mais de 5.800 mortes.

Em declarações à televisão Al Jazeera, o doutor Yousef Abu al-Rish alertou que restam poucos medicamentos nos hospitais do enclave como consequência do bloqueio imposto pelo país vizinho desde 7 de outubro.

Já não temos capacidade para receber mais vítimas de agressões devido à avalanche de feridos, frisou.

Por sua vez, o diretor-geral dos hospitais da Faixa de Gaza, Muhammad Zaqout, explicou que oito deixaram de funcionar desde o início do novo ciclo de violência.

As medidas punitivas de Israel ameaçam cortar o serviço de algumas instalações importantes, criticou o responsável, que alertou que a falta de combustível pode causar um grande desastre.

Israel implementou um bloqueio total contra aquele território, que incluiu cortes no fornecimento de alimentos, combustível, medicamentos, água potável e eletricidade.

Tanto as autoridades médicas palestinas, como organizações não-governamentais e diversas agências da ONU exigiram repetidamente que o país restabelecesse os serviços básicos para evitar um apagão total nos hospitais de Gaza, que estão a horas de ficar sem combustível, essencial para o funcionamento dos geradores de electricidade e das ambulâncias. .

A ministra palestina da Saúde, Mai Al-Kaila, também denunciou o colapso do setor na Faixa.

Durante uma conferência de imprensa nesta cidade, o responsável explicou que até à data 15 dos 35 hospitais do enclave deixaram de funcionar devido aos ataques israelitas ou por falta de combustível.

Além das bombas, os centros médicos e seus funcionários são alvo de ameaças diárias, questionou Al-Kaila.

Explicou que os hospitais a partir desta terça-feira não podem receber doentes ou feridos para tratamento por falta de capacidade, pois há escassez total de camas.

A este respeito, explicou que as autoridades médicas foram inclusive obrigadas a utilizar os corredores e pátios para receber numerosos feridos por falta de espaço.

 

Fonte: Brasil247

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