O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) afirmou, em nota divulgada na quarta-feira (3), que não afastará a desembargadora federal Cláudia Cristina Cristofani por causa de uma foto em que ela aparece ao lado do senador Sergio Moro (União Brasil).
Cristofani é a desembargadora que pediu vista (maior tempo para análise) no julgamento que pode cassar o mandato de Moro – atualmente, o placar está em 1 a 1. A nova sessão da Corte para analisar o caso do senador ocorre na próxima segunda-feira (8).
Em nota, o TRE-PR relata que Cristofani “prestou ao TRE-PR o esclarecimento de que se trata de uma imagem antiga de magistrados que trabalhavam no mesmo prédio e que não possui relação de amizade com o investigado”. Segundo o tribunal, isso a tornaria “isenta das hipóteses de impedimento e suspeição estabelecidas em lei”.
Leia a nota do TRE-PR
“O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) reforça sua confiança na atuação transparente e comprometida com o Estado Democrático de Direito de todos os seus membros. Em relação à foto que associa a Desembargadora Federal Cláudia Cristina Cristofani ao investigado nos autos de números 0604176-51.2022.6.16.0000 e 0604298-64.2022.6.16.0000, a desembargadora prestou ao TRE-PR o esclarecimento de que se trata de uma imagem antiga de magistrados que trabalhavam no mesmo prédio e que não possui relação de amizade com o investigado, ficando isenta das hipóteses de impedimento e suspeição estabelecidas em lei.”
Julgamento sobre cassação de Moro está por 1 a 1
O julgamento que pode cassar o mandato de Moro está empatado por 1 a 1 e será retomado na próxima segunda-feira (8). Na sessão de quarta-feira (3), o desembargador José Rodrigo Sade votou a favor de cassar o mandato do senador.
Ele divergiu do voto do relator, desembargador Luciano Falavinha, que votou para rejeitar o pedido de cassação. Após o voto de Sade, Cláudia Cristina pediu mais tempo para análise da ação, paralisando temporariamente o julgamento.
Além da desembargadora, outros quatro desembargadores ainda não apresentaram seus votos.
(Com informações de Lucas Mendes, da CNN, em Brasília)
Fonte: CNN Brasil
